Percebo a dependência de muitas mães em cima dos filhos. Pais não são
descartáveis, pais não são laranjas que você come o sumo e joga o bagaço, mas
chega um momento para os filhos que eles precisam mais deles mesmos que dos
pais. Eles se sentem pressionados por si mesmo a andar com as próprias pernas,
a adquirir liberdade financeira, a se desprender de quem os gerou, a criar asas
e voar. O amor não acaba, o carinho, o respeito, não acabam, apenas o ciclo
muda seu rumo, a gente vai ao encontro do que nos espera. A gente fica livre
para ser quem somos, para tombar, cair, levantar, cambalear, tropeçar e
acertar. Às vezes a gente dá dois passos para frente e um pra trás. Outras
vezes andamos na contramão do politicamente correto pelos pais. Os pais
precisam aprender a respeitar nossas escolhas, nossas mancadas, nossos erros.
Precisamos cair e levantar, precisamos fortalecer os ossos, o corpo, o
espírito. Precisamos deixar de ser bichos primitivos. Não falo só de pais não,
falo de amores, de cônjuge, de pessoas envolvidas de amor, mas que
inconscientes cerceiam a liberdade de mim mesma.
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