Eu mudei por causa do trânsito caótico, fazia hidro de 6 as 7, acordando
às 5h, chegava em casa às 7:10, passei a chegar 7:20 e por último estava
chegando às 7:40, comecei a chegar atrasada no trabalho, apesar de ter uma
visão bem diferente em relação a atraso, prefiro controlar o presenteísmo que o
absenteísmo. O Presenteísmo é muito pior, se eu chego 11 minutos atrasada e
produzo 7h e 46 min ótimo, o ruim é você passar 8h sem produzir nada, estando
presente só o corpo e tem muita empresa que não mede isso, não tem planilha de
produtividade.
Passei a frequentar a hidro à noite e pegava um trânsito brabo de 45
minutos para chegar e um trânsito muito pior ao sair. Chegava em casa irritada
até porque o meu percurso de carro quase sempre dá meia música no trecho
trabalho/casa, casa/supermercado, casa/casa da melhor amiga e casa/veterinário.
Pronto desisti da hidro e mudei de atividade física para perto de casa.
Passou um tempo e o trânsito ficou mais caótico e pasmem de carro eu
levava mais tempo para chegar em casa do que a pé. A meia música se transformou
num cd inteiro e mais uma vez tive que me habituar, passei a almoçar na
empresa, virei bóia-fria trazendo almoço de casa. Não curto mais a companhia da
minha mãe nos almoços e como comida requentada porque os restaurantes da
redondeza não agradam. Porém me livrei do sol, do abafado e do cansaço em ter
que dirigir/comer/dirigir num calor de quase 40 graus, para quem não conhece
Manaus só tem uma estação, o veraozão.
Eu me habituando, eu mudando por força das circunstâncias. A gente sempre acha que não precisa mudar por causa do outro, mas a
gente muda e muito por causa das circunstâncias.
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