Dia dos avós é o ícone de pessoa querida, nos
transporta para momentos inesquecíveis vivenciados por tão ilustres seres
amadurecidos de amor.
Minha vó é da época desse desenho, quituteira,
prendada e carinhosa. As avós de antigamente eram lindas enrugadas, com voz
aveludada, cheiro de alfazema, batas ou vestidos estampados com fita na
cintura, colocavam sua dentadura dentro do copo para descansar durante o sono.
Batalhadoras desprovidas de preguiça, rainhas do lar e parideira, minha vó teve
13 lindos filhos. A profissão de uma avó de antigamente era CASAR.
Meu
avô se preocupava com o sustento da casa, era o único provedor, trabalhava
muito e ajudou a fazer os filhos supracitados. Tinha uma maneira rígida de
educar, não impunha respeito e sim medo, os 13 filhos tinham medo do meu atual
meigo vovô.
Falar de vó e de vô é sentir saudade, sentir
cheiro de infância, sentir vontade de voltar ao tempo, valorizar com juros e
correção cada momento vivido, cada emoção.
É
lembrar de superstições que você acha engraçada, mas impossível esquecer: ao ver
um chinelo emborcado, porque alguém vai morrer; um garfo, colher ou faca que
cai no chão, porque tem gente chegando; a vassoura atrás da porta para sintonizar
a visita de que é hora de partir.
Tudo
se curava com chá, com ervas, com remédio caseiro, com copaíba, andiroba,
crajiru, com garrafada, ninguém ia no ortopedista antes de ir no senhor que põe
os ossos no lugar, ou na rezadeira.
Os avós de hoje são jovens, bonitos, antenados e
internautas, lutam, buscam, materializam seus sonhos e comemoram conquistas. Os
avós são mães e pais açucarados, com receitas
inéditas de mimos, paparicos e proteções.
Feliz Dia dos Avós
Salve Julieta (in memorian) e Waldemar (in memorian)
Salve Zita (in memorian) e João (vivinho de assis, rumo ao centenário)
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