A sensação que eu tenho é que a Srta.Arcise morreu e ressuscitou uma novinha em folha. Uma pessoa paciente, uma pessoa que pensa: não vale a pena se aborrecer por isso. Uma pessoa que não dar peso a opinião dos outros. Deve te sido às doses de tesart 30, ou bandinhas de lexotan. Não pareço um zumbir e não sei se devo atribuir o meu novo e calma ser aos remédios, a psicoterapia ou a maturidade. Eu andava com medo da vida e eu não tinha nenhuma razão para isso, eu estava desacreditada no ser humano e eu tinha algumas razões para isso, mas não estava visualizando o quanto tem gente boa nesse mundo. Não estou acuada, não estou fingindo ser quem não sou não deixo de expor meus pontos de vista. Não estou na defensiva. Me sinto forte o suficiente para aguentar dissabores. Sou uma pessoa desarmada, uma pessoa que está tentando ver à vida de uma maneira mais feliz, curtindo os pequenos prazeres, o prazer da hidro, o prazer de pipoca com os amigos, o prazer de um bom filme e de um bom livro. Estou lendo a Hospedeira, não é muito meu estilo, mas ter visto a minha irmã devorar um livro de 557 páginas em dois dias, ela levava o livro para a hora do almoço e jantar, ela comia e lia ao mesmo tempo e eu, no vácuo, engolindo palavras de um papo que poderia ser interessante. Meu lado desagradável ainda existe, meu lado questionador vai morrer comigo, meu lado defensor de hostilidades continua mais firme do que nunca. Acho que estou em paz porque consigo me isolar emocionalmente do que me desagrada, o mundo continua o mesmo, a minha absorção dos problemas é mínima. Sim, tenho problemas, o que fazer como fazer, por onde começo nem sempre sei, mas não morro por isso.
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