A gente não é feliz por tantos motivos, falta de
princípio ético, efeito sanfona e briga com a balança, ou porque moramos em
países com a cultura dos casamentos de fachada (desrespeitosos com a cultura do
até que a morte os separe) ou arranjados.
A gente não é feliz quando a morte e o sofrimento nos
cercam, quando a gente quer o que não pode ter (isso serve para objetos e/ou
pessoas), quando somos desinteressados em mudar.
A gente não é feliz quando fala tudo que acha que deve e
se arrepende, quando fica indecisa, quando não tem um bom convívio dentro de
casa, quando se cobra demais.
A gente não é feliz em cerimônia fúnebre, quando a expressão
distante é saudade de quem já partiu, quando fomos pilantras e não tivemos
tempo de pedir perdão de quem se foi para sempre.
A gente não é feliz quando perde a coragem para mudar a
vida, quando emagrece, engorda, volta a emagrecer e fica nesse ciclo
eternamente, quando não nos relacionamos de um jeito simples.
A gente não é feliz quando curte a vida, os filmes, os
chocolates com pessoas falsas ao redor, quando poucas coisas falam sobre nós,
quando não sabemos lidar com o dinheiro.
A gente não é feliz quando faltam sólidas amizades,
quando nossas atitudes precisam ser repensadas a cada cinco minutos, quando se
apaixona por qualquer relacionamento.
A gente não é feliz quando coloca panos quentes e deixa
as divergências para lá, quando deixa de cuidar da casa ou quando deitados na
areia fria e olhando o por do sol pensamos em quem não deveria.
A gente não é feliz quando não exerce a tolerância e a
cooperação, quando brigamos com nossa mãe, quando enojamos de mais uma campanha
eleitoral, quando as lágrimas dos olhos secaram.
Mas a gente pode e deve ser feliz, a gente pode e deve
ser bom, a gente pode reverter qualquer sentimento negativo em positivo, a
gente pode ser melhor a cada dia, só por hoje ser melhor e assim a felicidade
adormecida volta fortalecida.
Arcise Câmara
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