Por causa da minha falta de sono, abandonei o celular
depois das 18h ou após chegar em casa de algum evento noturno, a felicidade é
altamente subjetiva, mas dormir pouco me deixava infeliz, mal-humorada,
cansada, estressada.
Passei tempo de celibato profundo e involuntário, não me
relacionei com ninguém afetivamente por muito tempo, não me aparecia opção
agradável, em muitos casos me distanciou do aspecto emocional.
Não, não era isso que me tirava o sono, o que realmente
afetava meu dormir bem se referia a não ser responsável com os horários, eu
ficava na internet, nas redes sociais, no youtube e dormia de 3 a 4 horas por
noite.
O contraste entre o quero, mas não devo. Escolhi a parte
da historia que queria acreditar, escolhi a saúde do corpo, o controle do tempo
efetivo, jamais esquecerei o dia em que percebi que as curtidas não me levariam
a lugar nenhum.
Usava o celular e consequentemente a internet ainda com o
hálito letal, era a segunda coisa que fazia depois de abrir os olhos, estava
num vício que me deixava menos eficaz e eu não usava minha inteligência para
acertar as coisas depois.
Não sei viver do passado, mas essa ansiedade do presente,
esse querer ler tudo, estar em sintonia com o mundo não fazia o coração sair
pela boca, me fazia ser apenas mais uma mulher preguiçosa no mundo.
Não tem nada a ver com você, se isso te faz bem, se os contos
de fadas te realizam, se és civilizada e equilibrada no campo cibernético. Eu
sou sem noção, não consigo assistir séries por episódios, tenho que maratonar,
não consigo ler apenas um capítulo do livro tenho que zerá-lo porque ainda tem
muita coisa para ler.
O amor verdadeiro não exige o amar de volta, mas o amor
próprio precisa de escolhas acertadas no campo da saúde, eu sei verbalizar o
que me faz mal, e a falta de sono é uma delas.
Concentrei-me em retribuir as pequenas gentilezas comigo
mesma, estava sofrendo um grande trauma, o tempo passando depressa e eu sem
tempo para as coisas mínimas porque me auto diagnostiquei viciada em celular.
Arcise Câmara
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