Tinha sempre escolhas sensatas e educadas, estava ainda
solteira aos 43 anos, nunca tinha me casado, parecia que a felicidade em par
não tinha sido feita para mim.
Queria um casamento feliz, mas não com marido sem graça.
Tive namorado por várias vezes, fiquei noiva três vezes, mas o relacionamento acabava
se deteriorando, eu sempre queria receber mais dele e nunca me senti amada o
suficiente para o “Sim Definitivo”.
Quando está muito quente e quando ouço aquelas músicas,
sempre trago lembranças do passado do “e se tivesse casado com um dos noivos”,
mas breco o pensamento e falo sobre liberdade.
Precisava viver um dia de cada vez, entender que não era
para ser senão teria sido, que mesmo que eu amasse massagens e roupas bonitas
não poderia tê-las sempre que quisesse.
Meu estoque de lágrimas se esgotou e eu pela primeira vez
na vida me sentia solitária, o velho ditado “a união faz a força” não causava
efeito, então resolvi partir para a realidade e sair da ilusão.
Todo mundo pisa em ovos a minha volta, como se eu fosse
desabar a qualquer instante, como se a solidão em deixasse depressiva, como se
eu ainda me conectasse com todas as pessoas que amei, como se o elo não tivesse
desfeito.
Tive muitas trocas de experiências, aprendi e ensinei com
os meus relacionamentos, chorei e fiz sofrer, alegrei-me e fiz sorrir. Na minha
família temos o hábito de por para fora nossas mágoas e isso faz com que eu ame
cada relacionamento que tive de maneira bem diferente. Não voltaria com nenhum dele,
mas desejo sucessos amorosos.
Os homens se sentem atraídos por mulheres bonitas, jovens
e com corpo em forma o que não é o meu caso, além do mais considero isso
irrelevante, a vida às vezes se torna fácil e sem complicação, é o que eu acho.
Obviamente que eu amei, ops Amei, mas tinham dificuldade em assumir compromissos, o que busco
mesmo não é a companhia, o casamento, o contato físico, o que busco é a
essência de viver, algo que revolucione a minha existência.
Arcise Câmara
Nenhum comentário:
Postar um comentário