O homem que existia na minha vida não era o homem que eu
conheci, as coisas pelas quais acreditei não existiam mais, conformei-me com o
mundo desconhecido dos sentimentos.
Refinei meus pensamentos em tudo que era positivo,
coloquei emoção no dia a dia, me posicionei diante dos acontecimentos, não me
calei, nem me acovardei, também não fui radical, apenas quis expressar meu
descontentamento.
Tem coisas que até enjoa a gente, as mesmas chateações,
as mesmas reclamações, as mesmas injustiças, a cinta modeladora que você não
deveria ter comprado, mas que te ajuda a colocar a postura em ordem.
Conhecia de cor e salteado todo o palavreado, da hora que
chegava do trabalho até a hora de ir dormir, nada foi fácil para mim, tudo na
minha vida exigiu-me esforço, meus desejos não eram satisfeitos rapidamente ou
espontaneamente, foi luta, trabalho, conquista, intenção.
Eu tinha amigas tanto casadas quanto solteiras que não
param de falar em homens, o mundo começou a girar em torno disso e só eu que
não tinha percebido, não me interessava saber o que eu já tinha observado.
A minha extrema necessidade era manter meu estado de
saúde equilibrado, sendo ele a minha alma gêmea ou não eu precisava desligar o
modo multitarefa cheio de contradições e sem referência ao senso comum.
Eu tinha pouco tempo
para processar tudo, o papel das mulheres era tolerar esse comportamento
passivo-agressivo, estimular interesse, energia e prazer, mudar a rotina e blá blá blá.
Há algo mais importante que a própria dor? A dor dos
outros? Seus problemas? Nunca desista de ninguém! Nunca desista de si mesma! Tá
esquisito? Esquece ele por um tempo. Nem pense em separação, que traz despesas
e amolações.
Acho que em parte parece mais fácil jogar tudo para o
alto e seguir, balançar a cabeça para um lado e para o outro formando um não, e com a expressão do meu total
desinteresse, mas a sustentação do amor deve estar ligada a Vontade e a Vontade
manda e comanda tudo, mas só dá certo se a Vontade de Construir tiver o
alicerce recíproco.
Arcise Câmara
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