Jesus passou
pelo nervosismo da morte e pelas exigências de quem não acreditava nele como
Deus e Salvador, carregou os nossos pecados naquela cruz, sentiu-se aliviado em
fazer a vontade do Pai, mesmo que tenha se sentido também abandonado.
Estimulou o
Amor por onde passou, falou a verdade, foi a Verdade, desejou felicidades aos
outros como se deseja a si mesmo, tornou-se humano e retraído na cruz.
Sentiu que o
mundo não estava nem aí para ele, mas assumiu o autocontrole e a segurança
necessária de quem entendeu direito os desígnios de Deus.
Quando eu
tive consciência dessa história, senti uma grande gratidão, um amor imenso,
nada era um conto, uma brincadeira, uma novela de fatos não fictícios. Tudo era
comigo, tudo era por amor a mim, a mim que sou mole e distraída, a mim que ás
vezes não acredito no Impossível, nas voltas que a vida dá, nas mudanças, no
dar a vida por quem se ama.
Tento
calcular o que Jesus ganhou e perdeu nessa crucificação e posterior
ressureição, ganhou credibilidade, ganhou paz, salvou o mundo, nos fez refletir
como julgamos, como fazemos muitas coisas das quais nos arrependeremos, negamos
o direito do outro de ser quem ele é. Jesus não teve coragem de negar o pedido
doce e sincero de Deus que é pai, Jesus despertou a atenção do mundo para o
Amor, ensinou a contornar as dificuldades, ajudou a entender a cruz, encontrou
a morte e transformou em vida. Não consigo calcular algo negativo nessa
jornada.
Se eu
estivesse viva naquele tempo dificilmente acreditaria Nele, teria atitudes covardes,
egoístas, orgulhosas, alimentaria o ódio e o rancor por alguém que não fez
outra coisa a não ser me amar e gritaria: Crucifica-o!
Crucifica-o! sem me importar com os seus sentimentos.
O túmulo de
Jesus foi o amor, o trabalho de Jesus era o amor, o maior achado da vida de
qualquer ser humano religioso ou não, o amor transforma o mundo, o melhor e
maior legado deixado para a humanidade.
Que loucura
ter a oportunidade em refletir sobre coisa séria e uma surpresa confiar que a
vida foi um presente de Amor, uma atenção à caridade e humildade, a todo o
tempo do mundo para fazer o bem.
Jesus não
está morto, Jesus é nosso ouro em pó, teve uma vida digna com garra e persistência,
uma felicidade plena em quem o tem no coração, seu caminho nem sempre é tão
bom, mas é o melhor, nem sempre é sem lágrimas ou cheio de humor, imagina a
repercussão de quem prega a cruz para que possamos segui-lo.
Jesus puxou
um fio de lã e deixou a vida seguir, insistiu em mudar o mundo, deu alívio aos
doentes e cansados, admitiu ser filho de Deus, transformou leprosos em homens
absolutamente saudáveis, criou sua própria felicidade = fazer o bem.
Realizou
sonhos, assumiu responsabilidades por tudo de bom e ruim que acontece,
sensibilizou corações, ajudou muitos a entender os pequenos gestos, me fez
entender que uns dias em cima outros embaixo é perfeitamente normal, que ser
emotiva nem sempre é defeito, aliás, que bom que existe emoção dentro de mim.
Minha
atitude com os outros deve ser sempre pura e sincera, o ideal é esquecer as
bobagens de querer estar sempre certa e defender seus pontos de vista sem bondade, amor ou respeito.
Instintos do
meu coração acabou me tornando inseparável de meus ideais, do meu desejo
desenfreado por um mundo melhor, por possuir o mínimo de bens materiais
possíveis, valorizando o que eu já tenho.
Essa é minha
Páscoa e a sua?
Arcise
Câmara
Imagem We It
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