Sim. Encontrei meu ex num aniversário. Achei que jamais a anfitriã pudesse convidar ambos, porém Isso foi a gota d'água para mim. Não é que meu ex me incomode ao ponto de eu não conseguir respirar perto da sua presença, mas é que em meio à turbulência das palavras proferidas eu prefiro me distanciar.
Vou contar uma história curta e meiga pra vocês, quando a gente não gosta a gente se incomoda sim, eu criei nojo dele, infelizmente tive um estresse pós-traumático, depois de várias idas e vindas.
Depois tive que ouvir sermão do tipo: eu-te-disse de Deus e todo mundo, pois estava ali para quem quisesse observar que nosso namoro não ia vingar, mas eu achava que o amor transforma tudo. Tadinha de mim.
Eu o desculpava por tudo, eu tinha percepções de tudo que ele fazia de errado, das traições e mentiras, mas achava que o mais importante era o nosso amor e que um dia tudo se encaixaria.
Cheguei longe demais nesse relacionamento, eu precisava pedir desculpas a mim mesma por tanta paciência, o mundo era muito mais bonito sem ele por perto.
Eu era o centro emocional da família e além de desabar levei a família junto para o buraco, ficamos em frangalhos, era um desastre anunciado, minha reputação de mulher civilizada foi perdida completamente.
Sou mulher, sou sensível, sou romântica, sou frágil, sou chorona e acredito na felicidade e isso faz parte das atribuições do cargo feminino de achar que pode transformar tudo com seu jeitinho meigo.
Assumi postura de vítima, presumi com minha inocência que ele ao se sentir culpado fosse mudar comprovadamente, assim como em testes científicos.
Não havia uma segunda chance para ele em meu coração, nem que ele viesse cravejado de diamantes, nem com lágrimas de sangue, nem se a minha única opção do planeta fosse ele. Eu prefiro estar sozinha a ficar com alguém que poderia me abandonar do nada, me atacar do nada, me tripudiar do nada, me humilhar do nada.
Eu tinha alguns hábitos de menina mimada e amada, eu tinha autoconfiança em mim mesma, eu reagia de uma forma sublime e elegante ao foras que levei, era uma defesa pessoal da frase: quem-se-deu-mal-foi-ele.
Arcise Câmara
Crédito de Imagem: Google
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