Pensam mal de nós e
por conta disso diminuímos a saia, escurecemos o batom, aumentamos o brinco,
imaginamos fatos que não ocorreram, temos expectativas exageradas quando alguém
nos paquera.
Fica difícil se impor,
somos demasiadamente alegres, desarmadas e enfrentamos o desafio do
preconceito, do mundo feito para jovens e saudáveis, realizamos coisas que não
fizemos na juventude, somos alvo de um Juiz rigoroso chamado sociedade.
Nós mesmos não
acreditamos na nossa força, somos repletos de emoções negativas, com
relacionamentos do passado mal resolvidos, mudamos de opinião junto com a
mídia, somos primatas ou não sabemos quem somos realmente.
Porém buscamos a sensatez
e lealdade, a casualidade dos encontros, as reações de felicidade inesperada,
os pontos de vista que se cruzam de forma absurda.
Somos o silêncio da
alma e os dogmas do coração, somos a felicidade momentânea, a qualquer momento
estamos prestes a explodir. Não podemos desperdiçar nenhum segundo, a vida está
passando com celeridade, nunca cheguei e perceber isso tempos atrás.
Retornar ao passado
custa caro, os caminhos que tomamos não têm marcha ré, já foi vivido uma vez,
não adianta a constante pressão, o que passou já era, de nada vale descarregar
as suas frustrações.
Somos criativos,
espaçosos, com poucos amigos oriundos da infância, discretos e com incapacidade
para tomar grandes decisões, temos uma vontade profunda em realização, porém
nem sempre conseguimos nos concentrar ou tirar férias ou pedir a mão do moço em
casamento, mesmo que exista a vontade de fazer.
Já diziam que o verdadeiro
amor jamais acaba, pode até adoecer, mas há chance de recuperação, com tarefas diárias
e lutas constantes, sem descer aos níveis mais baixo de desrespeito.
Então escolhi me casar
com ele, sem comemorações de datas, sem graciosidade o tempo todo, sem
discordar da decisão de tentar ser e fazer feliz, sem roteirizar como no
casamento da vizinha.
Arcise Câmara
Crédito de Imagem: h herivas
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