Amar por ser amado, sofrer visivelmente,
possuir a sensação de ser propriedade do outro pode arruinar qualquer relação,
elogios agradam, críticas são mal recebidas mesmo que venha acompanhada de boas
intenções. É difícil compreender os sentimentos em totalidade, combater a força
interior de quem quer se sentir feliz o tempo todo.
O importante no relacionamento é
ter ciência da não conscientização definitiva, a gente não racionaliza tudo,
evita pensar em certas épocas da vida, se sente livre, mas até que se diga ou
se prove somos vítimas e prisioneiras dos nossos pensamentos ou pior, da
opinião alheia, às vezes até tomamos decisão com base nos outros.
Devemos evitar ser a eterna
sombra do brilho de alguém, devemos evitar a necessidade de viver para
satisfação e aceitação das pessoas, devemos evitar futilidade e traições, esta
última só causa tristeza e marcas profundas, mas também devemos enfrentar a
fase negativa da vida com otimismo e rir de bobagens ao invés de se irritar.
A liberdade não significa oprimir
alguém, a liberdade consiste em amar o próximo e não buscar nossas necessidades
atendidas exclusivamente, podemos refletir nos possíveis acertos e abrir nossa
mente para a regra de ouro: não faça aos outros aquilo que você não gostaria
que fizessem à você.
Quando mais nos incomodamos,
menos desfrutamos a vida, quanto mais ficamos em crise, menos cuidado temos com
o outro e conosco. O mundo não pode ser vendido, descartado, deletado, vivemos
em sintonia com os demais.
Toda argumentação é válida se há
respeito, se conseguimos não invejar a estrada alheia, se buscamos nossa
perfeição, sem julgar pelas aparências, com a Felicidade independente, aquela
que não precisa de mil e umas coisinhas, de sobras de afetos.
A felicidade não está nas coisas,
está na gentileza que vai e que volta, está na reflexão de ser melhor a cada
dia, está longe do poder e do dinheiro e das soluções pré-fabricadas por livros
de autoajuda, está no amor a algum lugar, no pretexto de amar, na meditação e no
estudo do meu eu, mesmo inconsciente.
A gente vence todo dia,
sociologicamente falando, somos de essência humilde, com potências de desejos
altruístas, com livres necessidades, com vantagens de poder de superação, somos
avaliados pela aparência, transformamo-nos muitas vezes num reflexo do outro,
falta nos descobrir por nós mesmos.
Não canso de amar, amo muito,
gosto de me sentir útil, evito desentendimento por tolice ou uma fé egoísta,
coloco amor onde eu estiver pois aprendi a me reconciliar com a vida e assim
deixei de ficar presa a relacionamentos ou eventos que acabaram, abri meu
coração e segui em frente.
Dinheiro não é tão importante,
amor não se expressa com presentes, a juventude não é eterna, aquilo que nos
une é mais relevante do que o que nos separa, falta criatividade nas relações
de agora, falta fazer coisas boas em favor do outro, falta aproximar almas
distantes.
Meu coração ficou saltitante,
esperei seu auxílio que não veio, precisei de suas palavras, alimentei meu
estômago irritado pela fome, tive coragem em assumir minha culpa sem me
esconder atrás do muro.
Bondade com pessoas iguais é
fácil, bondade com pessoas diferentes é pular os trampolins e ainda assim, ser
feliz.
- Arcise Câmara
- Crédito de Imagem: Dulce Arte Online
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