segunda-feira, 7 de abril de 2014

Faça o que você quiser


Qual homem não conhece esta frase feminina, uma espécie de liberação não liberada, algo que se você fizer fora do habitual lhe gerará discussões e rugas por meio século, desprezos por semanas e discurso feminista por meses e pode até ter greve de sexo.
Eu estava perdendo a paciência com a vida de solteiro dele, se de fato ele queria ser solteiro porque foi se relacionar comigo, eu não estava em oferta, nem em prateleira a preço de banana. Estava feliz sozinha, curtindo as maravilhas de não me apaixonar quando você veio cheio de boas intenções amorosas.
É só o romance avançar, para os gestos ficarem automático, para o queridinho se mostrar como verdadeiramente é. Ei! Estou falando sério, poucos homens fogem dessa estatística de esfriarem nos relacionamentos e nós. Nós também, mas não soa nobre falarmos de nós. Não agora.
Admito que cobrei demais, deixei o descontentamento subir à cabeça, fui língua ferina, joguei na cara que deveríamos pensar como um e não como dois, eu não deixei passar nenhuma oportunidade de jogar merda no ventilador.
As coisas aos poucos foram tomando jeito, acho que diminui as expectativas, aceitei como ele é e ele a mim. Eu tinha a liberdade de dizer o que eu quisesse e ele a mim e no final ríamos de querermos viver um conto de fadas inexistente.
A gente parou de se ofender por tudo, paramos de nos digladiar, resolvemos rir das tolices e como num passe de mágica nossa vida entrou nos eixos.
- Arcise Câmara
- Crédito de Imagem: mdemulher.abril.com.br




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