Qual homem não conhece esta frase
feminina, uma espécie de liberação não liberada, algo que se você fizer fora do
habitual lhe gerará discussões e rugas por meio século, desprezos por semanas e
discurso feminista por meses e pode até ter greve de sexo.
Eu estava perdendo a paciência com a
vida de solteiro dele, se de fato ele queria ser solteiro porque foi se
relacionar comigo, eu não estava em oferta, nem em prateleira a preço de
banana. Estava feliz sozinha, curtindo as maravilhas de não me apaixonar quando
você veio cheio de boas intenções amorosas.
É só o romance avançar, para os
gestos ficarem automático, para o queridinho se mostrar como verdadeiramente é.
Ei! Estou falando sério, poucos homens fogem dessa estatística de esfriarem nos
relacionamentos e nós. Nós também, mas não soa nobre falarmos de nós. Não
agora.
Admito que cobrei demais, deixei o
descontentamento subir à cabeça, fui língua ferina, joguei na cara que
deveríamos pensar como um e não como dois, eu não deixei passar nenhuma
oportunidade de jogar merda no ventilador.
As coisas aos poucos foram tomando
jeito, acho que diminui as expectativas, aceitei como ele é e ele a mim. Eu
tinha a liberdade de dizer o que eu quisesse e ele a mim e no final ríamos de
querermos viver um conto de fadas inexistente.
A gente parou de se ofender por tudo,
paramos de nos digladiar, resolvemos rir das tolices e como num passe de mágica
nossa vida entrou nos eixos.
- Arcise Câmara
- Crédito de Imagem: mdemulher.abril.com.br
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