Não sou indecisa ou insegura, não sou
de ditar ordens, mas também quando não concordo com alguma coisa tem que ter
muitos argumentos para que eu mude de ideia. A rigor não gosto de machismo,
feminismo, fanatismo e situações extremas.
Aceito comportamentos dependentes,
mas com o tempo tais comportamentos me sufocam, não sou mulherzinha e não tenho
vaidades como sendo virtudes femininas.
Sou de amenizar confusões, sou de me
afastar do que me faz mal, sou de compensar perdas, sou de resolver mal-estar
interior, sou de deixar quieto o que me aflige, não tenho vícios destrutivos
além da comida, não me sinto vítima de comportamentos graves e sérios, sou de
fácil convivência e com dificuldades de aceitar inconvenientes.
Falo descontroladamente, sem
raciocinar muito, com a necessidade de ser ouvida, minto para mim para
apaziguar o coração, lamento coisas que acredito que não deveriam me acontecer,
não me acho sempre certa ou dona da razão, quando quero gasto desnecessariamente.
Evito críticas infundadas e julgar as
pessoas, eu assumo o controle da minha vida com todas as consequências
positivas e negativas, sou capaz de decidir sem me arrepender, não tenho
tendência a ser boazinha e nem habilidade para dizer sim sempre.
Estabeleço um clima de respeito e
liberdade com as pessoas que convivo, as vezes me olho com inferioridade,
contudo sou de autoestima elevada a maioria do tempo.
É claro que preciso viver dentro de
normas sociais que quase sempre contesto, ou de valores “morais” que não são
tão morais sob meu ponto de vista, aprendi a ser responsável pelos meus
sentimentos, responder por mim mesma, atrair pessoas que me agregam, antever fatos
futuros que só me trarão dor de cabeça.
Repensar atitudes sem severidade e
rispidez, sem negativas constantes, sem repetir os mesmos erros e depreciar
minhas escolhas do momento. Abafo a rejeição e tento evitar agressividade gratuita
quando as coisas desandam.
Um dia horrível não é sinal de que as
atitudes devem ser péssimas, concentro-me em criar padrões de comportamentos
positivos, tratar como gostaria de ser tratada, responsabilizar-me por atos e
pensamentos inadequados e desequilibrados.
E quando aquela necessidade
constrangedora de falar a verdade mesmo que isso machuque, de viver sem tempo,
de cercar de sentimentos e emoções vazias, camufladas que gostaríamos que não
existissem.
O amor não separa e nem divide, não
nos dar poder de transformação do outro, não forja disfarces, não sente raiva
pelas conquistas do outro e não guarda mágoa.
O amor não mascara e nem tira o
brilho da existência do outro, não nos torna imunes para fugir de nossas lutas
internas ou para que o outro nos enxergue como realmente somos.
Experimentei choques existenciais ao
longo dos anos, nunca me neguei ser quem sou, também tenho a consciência que
preciso ser lapidada e que nem tudo é virtude e potencialmente bom.
As minhas reações emocionais mais
corriqueiras são chorar e me inibir, quando me sinto desconfortável me fecho em
um casulo, não sou forçada a aceitar regras dos outros, sou um mundo à parte,
curto individualidade e acredito que devo ser respeitada.
Não entendo padrões igualitários com
pessoas tão diferente, mesmos moldes ou figurinos com personalidades tão
contrastantes, o que gera ao meu ver conflitos, frustrações e problemas
pessoais excessivos.
Sou de gestos e raciocínios
espontâneos, não desenvolvo nas sombras de ninguém, não sou indecisa nem nas
mais complexas opções, não sou dependente e apegada, não dou valor as críticas
destrutivas, odeio que conta vantagem para conquistar o outro, quem acha que
dinheiro são credenciais para ser aceito.
Em nome do amor não renuncio meu senso
de dignidade, meu componente vital a felicidade, em nome do amor não me torturo
internamente ou causo vazio na alma, em nome do amor não minto encobrindo
realidades e escondendo conflitos palpáveis de uma relação que me tira o senso
de autonomia.
- Arcise Câmara
- Crédito de Imagem: http://Fsomosaredeestamosnarede.blogspot.com
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