Em meio a civilização existem várias
coisas que são certas, viver em coletividade frente ao individualismo não é
tarefa das mais fáceis, não precisamos ir muito longe para percebermos o quanto
nos colocamos em primeiro lugar quando o assunto é de nosso próprio interesse.
Inúmeros problemas para resolver,
trilhões de soluções existente, a minha ideia pode ser melhor do que a sua, as
regras minhas de civilidade sempre foi e sempre será a boa e velha educação,
educação com o próximo.
Leis caducas não são revisadas, leis
não cumpridas por falta de bom senso e fiscalização, leis que pretendem nortear
as atitudes visando não prejudicar o coletivo.
Se não fosse o mínimo de
coletividade, nós não teríamos sobrevivido muito tempo, estávamos possivelmente
em pé de guerra, fazendo “limpezas” por conta própria, parecendo ridículos em
várias situações.
Não seria óbvio respeitar crianças,
respeitar idosos, respeitar gente sem lei que torna proibido molestar crianças,
roubar, matar, assaltar, furtar, cometer único, duplo, triplo homicídios.
E no meio ao caos, encontra-se estudantes
disfarçados de gurus, estelionatários disfarçados de mocinho apaixonado e
tantos outros doentes protegidos pela grossa cobertura da internet e do
anonimato.
Pouco sucesso para quem entrou nessa
vida, as consequências são danosas e perigosas, o caminho é sem volta, não
porque o outro não consegue se regenerar, mas sim porque existe uma cadeia por
trás do mate ou morra.
Em meio a civilização não temos só
catástrofes, temos pessoas tentando atrair tanta atenção quanto possível, com
seus corpos sarados, peitos siliconados, bundas gigantes, nomes de frutas de
toda ordem, bíceps, tríceps, dinheiro, barriga tanquinho para homens e negativa
para mulheres.
O mundo sem nenhum dinheiro não
encanta, em minha infinita sabedoria dinheiro é importante sim, mas não é o
centro das conquistas, a felicidade estar na simplicidade da vida, na saúde e
na paz. Ganhar milhões honestamente traz mais alegria do que desfrutar desta
riqueza.
Quando temos posses adquirimos
popularidade, rodeada de amigos, temos sempre companhia de alguém estonteante
com a intenção de nos encantar, sem nos ferir, desperta em nós a solidariedade
de retribuir com mimos toda a atenção depositada.
Muitas horas trabalhando e poucas
horas vagas, não há tempo nem para afogar as mágoas, a faculdade é feita a
distância, as notas são normais e algumas comprometidas.
O tempo anda obsceno, profano, indecente,
vulgar, o tempo nos consome com a dita liberdade, com o direito à livre expressão,
com as oportunidades, com risco à vida.
Também há o direito a crença do
outro, há pessoas que negam a existência de Deus, não acho perigoso a dúvida ou
a descrença, acho perigoso o caráter de urgência que temos em fazer com que o
outro acredite nas nossas crenças, que seja feliz a nossa maneira, que desperte
sentimentos que já está enraizado em nós.
Estamos sempre cercados por
julgamentos, por dedos apontados, mas nem todos têm as mesmas oportunidades,
nem todos quiseram (e cabe a mim respeitar) estudar muito.
Há problemas de qualquer ordem, intrigas
comuns, casos sérios entre vizinhos, abusos entre pai e filha, preguiça mental,
remédios amargos, horas sagradas de pouco lazer, religião sem caridade e amor,
sincero desinteresse que dói a alma, acidente causado pela imprudência humana,
paixões egoísticas, desequilíbrio moral, atos menos dignos, desejo de vingança,
hábitos menos nobres, intromissões em coisas que somente a nós dizem respeito,
reclamações diante das dificuldades, minoração da dor alheia, automatização dos
comportamentos e uma lista sem fim.
No outro lado da balança temos sorriso
no rosto que marca a personalidade, companheiro para toda a vida, boas ações do
dia a dia, profissões acolhedoras, predisposição a mudança, exemplos de homens,
otimistas inveterados, amor que não desiste, projetos que dão sentido a nossa
vida, dever de amar, pessoas adoráveis, sono
tranquilo, atitudes nobres, responsabilidade na criação dos filhos, cidadãos
corretos, compreensão da tolerância, virtudes exercitadas, amar sem distinção,
reconhecer o direito dos outros errarem, mudança de hábitos, arrependimento do
que se fez, decidido a se melhorar e tantos outro anseios humanos que tornam
nossa vida quer sozinhos quer acompanhados mais bonita.
- Arcise Câmara
- Crédito de Imagem: http://jromeronc.blogspot.com
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