Sempre meritório, o dinheiro é
bem-vindo quando a conquista é suada, lograda com êxito, cuja característica
mais marcante foi o esforço pessoal.
O dinheiro nos faz protocolar
relações afetivas, analisar sentimentos. Para quem teve dinheiro e o perdeu
aprendeu-se o ensinamento de perder amigos junto com as aplicações, perceber
que o amor nem sempre é destino e que os erros e acertos faz parte da escolha
de qualquer ser humano.
Ninguém entende porque ele se manteve
solteiro. Rico, lindo, bem apessoado, interessante, justo, dedicação constante
e muito mimos e presentes. Ele a agradava o tempo todo, porém não exercitava a autoanalise
da família problemática da moça, nenhuma fortuna compra felicidade, os
impropérios desferidos à ele no início não incomodavam, depois quase
enlouqueceu, mudou radicalmente, não suportava nem ouvir falar.
Ela com ambição desmedida nem
disfarçava, sua família um ninho de cobras querendo tirar proveito isso
incomodava o coração, amor verdadeiro não se adquire nas prateleiras da vida.
Começou a fase “oca”, vítima de si
mesmo, acumulou conhecimentos e se afastou do amor, desconjurava que aquilo não
era para ele, segundo ele, resolveu dar um rumo digno a sua existência,
trabalhou muito, transformou-se numa máquina programável, era mais feliz no
trabalho, conheceu operários chão de fábrica, simples donas de casa, melhorou o
convívio com seus semelhantes, doou o supérfluo.
Percebeu que não se pode generalizar,
as atitudes são pessoais e intransferíveis, escolheu o caminho de volta, voltou
a desfrutar as benesses que o mundo podia ofertar, tratou a todos de forma
igualitária, respeitou o mundo em que vivemos.
Percebeu que conhecimento nem sempre
equivale a sabedoria, que a fixação por acumular conhecimento ofuscou outras
áreas de sua vida como a saúde, o lazer. Possibilidades que não voltam no tempo.
A liberdade não nos dar garantias, o que está em nossas mãos pode escapar, era
preciso recuperar a autoconfiança, autoestima, saúde, lazer e aprender a
escolher quem pode ganhar as credenciais para conviver mais de perto.
- Arcise Câmara
- Crédito de Imagem: http://www.valorizeblog.com
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