Canso de ouvir a história do sem
tempo, da crítica pela crítica, do eu adoraria, mas...
A gente muitas vezes é egoísta e fica
arrumando desculpas para não admitir essa dura realidade, no fundo não sei qual
é o real objetivo, posar de bom moço ou iludir quem está próximo.
Quando é para satisfazer os próprios
interesses a gente arruma tempo que é uma beleza e quando o interesse é alheio
aí a coisa muda de figura. Mas não é bem assim, preciso me amar por primeiro,
por segundo, por terceiro, preciso me amar sempre, se eu não me amar quem vai
me amar?
Não devo ser contrariado, as coisas
tem que ser conforme o planejado, preciso controlar os outros, ser dono da
verdade e essas coisas nunca poderia ter acontecido comigo, somos acostumados
ao “culto do eu”, “tudo para mim”, girando em torno de mim.
Perco o afeto se as coisas não fluem
como o esperado, eu sei que o amor é lucidez e equilíbrio, o amor não é forçar
um relacionamento sem sucesso, admito o descontentamento conjugal.
Até que ponto devo aceitar um
indivíduo colérico e inflexível que pisa e repisa nos meus erros e faltas, a
que ponto devo exercer o perdão incondicional, a que ponto devo fechar os olhos
para a maldade alheia.
Perdoar nem sempre é desenvolver um
sentimento profundo de compreensão das ações inadequadas, perdoar às vezes
significa se afastar, respirar, repensar, reciclar, jogar fora, se doar de
outras formas, favorecer pessoas.
Não vê mais o cônjuge com os mesmos
olhos de antes, porque a intimidade nos desnuda, nos mostra sem disfarces, nos desilude
e nos abala diante de uma união infeliz, ou da decepção de ter sido chifrada
pelo companheiro, porque na cabeça dele ele tinha todos os motivos para trair.
A culpa é sua, sempre sua.
A decepção sempre é com o outro, nunca
com ele próprio ele se acha com autodomínio para tudo, é perfeccionista, quer
uma relação impecável, respondem as perguntas com grosseria, nunca quer ser
incomodado.
- Arcise Câmara
- Crédito de Imagem: http://youregonnalovetomorrow.blogspot.com
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