Tem muita gente que se casa e agrega
a família junto ao mesmo ambiente, acham que é muito melhor do que deixar
parentes sozinhos, além do mais muitas pessoas são forçadas a obedecer com medo
de perder o cônjuge.
Essas pessoas desenvolvem uma postura
de anulação das próprias vidas, em troca do radicalismo do amado que sempre
impõe suas crenças, normas e regras.
Todo relacionamento deve ser livre de
preconceitos, nada é mais chato do que achar que o que dá certo para alguém, dá
certo para a gente, somos pessoas diferentes, alguma supersticiosas, outras
emotivas e coração mole, umas de fácil convívio, outras de lábios ferinos.
O que é adequado para uns é
inadequado para outros, nem sempre o que considerarmos errados é de fato errado.
Dentro dos moldes convencionados pela
sociedade em que vivemos, a família é esposa e marido e filhos, se houver, ou
ainda esposa e esposa ou marido e marido, sem nos prender a “moral”.
Fazer o bem ao outro é constituir
família sem agregados, usando a sinceridade para que cada um fique no seu
quadrado, talvez este seja o melhor antídoto para afastar mal-entendidos.
O casamento não esvazia amizades e
nem distorce os fatos, nós que em algum lugar da nossa cabeça achamos que
deveremos nos transformar em parasitas ou concentrar energias em coisas que
antes não concentrávamos. É claro que é uma vida totalmente diferente da vida
de solteira, que muitas vezes parece uma relação desinteressante.
Uma lição de aprendizado é não
manipularmos ocasiões, não nos sentir prontos para o tudo ou nada quando os
conflitos iniciarem por divergência de opiniões, não cobrar em demasia e
fragilizar o relacionamento. Parte do sucesso da vida do casal é se afastar das
cobranças, o outro tem que ser gentil por ser gentil e não porque estou o
ameaçando me separar dele pelas canalhices sofridas.
É questão de tempo para que o
casamento venha a ruínas quando perdemos nossas fronteiras individuais, quando
precisamos engolir parentes que em nada coadunam com nosso jeito de ser, quando
esperamos sempre retribuições por qualquer agradinho que fizemos, quando sofremos
por não termos feito tudo que desejamos.
Assim, restringimos nossos vínculos
afetivos, o outro passa a não merecer nossa intimidade, negamos sexo até ele
aprender, ele bem que poderia ser melhor, colocar a cunhada no seu devido
lugar.
Vida a dois não é fácil, analisando
apenas o que sentimos em profundidade ou experimentamos vivenciando no dia a
dia, educação em grau diminuído por estresse, valores recebidos na infância, o
ambiente social que crescemos, a mudança de humor, a vontade de ficar sozinho,
o nosso melhor de hoje não será o nosso melhor quando a raiva e os
ressentimentos estiverem enraizados.
É preciso ajustes constantes por toda
a vida, assimilar as coisas erradas para não repeti-las, tornar o clima de
romance favorável, abrir a porta da afetividade, viver com naturalidade e saber
ouvir críticas, possuir o dom do perdão diário.
Temos necessidade de ser como somos,
não importa se solteiros, casados, viúvos, não importa onde estamos ou com quem
estamos, acredite! Não somos vítimas do destino.
Soluções para comportamentos
inconvenientes é a imposição, ninguém faz nada do que não lhe é permitido,
ninguém briga com louco, nós que complicamos os relacionamentos com nossos velhos
modos de pensar, das crenças incoerentes de que todos somos um só, que a minha
família tem que ser tua família e vice-versa.
Cuidado com a permanência de doentios
pontos de vista, atitudes de dominância e manipulação, nada de viver constantemente
contrariada, contra tudo, contra todos, contra o mundo, contra a sociedade e
contra a si mesmo. As coisas tendem a melhorar, mas não inicie sua vida com
intrusos.
Lute por aquilo que desejas, elimine
os melindres, evite ressentimentos e controle antipatias, você não precisa amar
o sogro mas deve respeitá-lo, isso não quer dizer que deves morar junto com ele.
Não adianta reformular resposta ao que passou, se você não teve forças para se
defender e nem foi defendida espere uma outra ocasião.
- Arcise Câmara
- Crédito de Imagem: http://www.sitiosaofrancisco.org.br
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