domingo, 3 de novembro de 2013

Não sabia o que salvar primeiro



Imagem: google

Estava confusa, triste, sem saber em que direção ir, a vida tinha sido muito generosa comigo, as coisas aconteciam de maneira rápida e fácil por isso eu chiei. Fui enfeitiçada por um amor avassalador, porém nunca estávamos bem, os sentimentos oscilavam, uma hora eu o amava outra o odiava.
Talvez eu era a cabeça aberta da relação, dois bicudos querendo se beijar, quando o silêncio e a raiva prevaleciam era difícil dar um jeito, ficávamos desconfortável parecíamos dois esquizofrênicos.
Nosso amor não existia, era cientificamente provado que duas pessoas que se amam e se odeiam nada mais são do que pessoas tentando resolver seus conflitos com o parceiro errado, a terapia nos explicou isso, mas não nos convenceu. Queríamos e ponto, querer é poder.
Beirávamos o limite do insuportável, jogávamos nossa relação no ralo com disputas infundadas, com mágoas por bobagens, com a vontade de estar sempre certos, a consciência dava toques, mas estávamos ríspidos demais para ouvir.
Ai meu Deus! Estava com dedo podre para relacionamentos, Isso não era nenhuma novidade, sempre foi assim antes, minhas escolhas, meu algoz, minhas escolhas, meu sofrimento, minha escolhas, minhas chateações.
Eu precisava saber o que se passava comigo, porque era desse jeito, o que acontecia com o meu sonho de uma vida tranquila, era tão ruim acreditar que dessa vez ia ser diferente e de repente perceber que as coisas não estavam exatamente iguais, estavam ruim e pior. Ah não!
Oh Jesus eu me encantava por coisas que com o tempo perde o encanto, me encantava com a beleza, lindeza, boniteza, verdade seja dita eu confiava em sorrisos e afagos eu deixava as atitudes pra lá, eu não sabia o que realmente queria e esse era o x da questão. Salvei minha autoestima, minha liberdade, minha essência, minha vida e minha alma.
- Arcise Câmara





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