Imagem: google
Estava confusa, triste, sem saber em
que direção ir, a vida tinha sido muito generosa comigo, as coisas aconteciam
de maneira rápida e fácil por isso eu chiei. Fui enfeitiçada por um amor
avassalador, porém nunca estávamos bem, os sentimentos oscilavam, uma hora eu o
amava outra o odiava.
Talvez eu era a cabeça aberta da
relação, dois bicudos querendo se beijar, quando o silêncio e a raiva
prevaleciam era difícil dar um jeito, ficávamos desconfortável parecíamos dois
esquizofrênicos.
Nosso amor não existia, era cientificamente
provado que duas pessoas que se amam e se odeiam nada mais são do que pessoas
tentando resolver seus conflitos com o parceiro errado, a terapia nos explicou
isso, mas não nos convenceu. Queríamos e ponto, querer é poder.
Beirávamos o limite do insuportável,
jogávamos nossa relação no ralo com disputas infundadas, com mágoas por
bobagens, com a vontade de estar sempre certos, a consciência dava toques, mas
estávamos ríspidos demais para ouvir.
Ai meu Deus! Estava com dedo podre
para relacionamentos, Isso não era nenhuma novidade, sempre foi assim antes,
minhas escolhas, meu algoz, minhas escolhas, meu sofrimento, minha escolhas,
minhas chateações.
Eu precisava saber o que se passava
comigo, porque era desse jeito, o que acontecia com o meu sonho de uma vida
tranquila, era tão ruim acreditar que dessa vez ia ser diferente e de repente
perceber que as coisas não estavam exatamente iguais, estavam ruim e pior. Ah
não!
Oh Jesus eu me encantava por coisas
que com o tempo perde o encanto, me encantava com a beleza, lindeza, boniteza,
verdade seja dita eu confiava em sorrisos e afagos eu deixava as atitudes pra
lá, eu não sabia o que realmente queria e esse era o x da questão. Salvei minha
autoestima, minha liberdade, minha essência, minha vida e minha alma.
- Arcise Câmara
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