Imagem: Google
Estava me sentindo como um tigre enjaulado, sentindo-me com a alma
destruída, eu ficava pasmada com as manifestações positivas sobre a morte de
alguém o “já vai tarde” era muito duro para ser lido, era melancólico demais,
ninguém faz o menor esforço para esconder suas sandices. Entendia perfeitamente que nem todo mundo é
agradável, legal, bom, mas não se colocar no lugar o outro é demais.
Tem gente que nunca aprende a se responsabilizar pelos próprios atos, sempre
acreditam que tem direito a tudo à beleza, à felicidade, à liberdade de
expressão ofendendo os outros. Isso é muito chato. Tem gente que não se envolve
pelo mundo do outro, fica concentrada só no seu mundinho, nas suas
necessidades, nos seus supérfluos.
Enxuguei as lágrimas, recompus a maquiagem, ajeitei a roupa e decidi me
incomodar menos, contestar menos, aprender a dura lição de que eu não mudo
ninguém, nem mudo o mundo, mas posso mudar o meu mundinho, fazer um mundo mais
feliz ao redor dos meus pares, liguei a TV sem me incomodar com a imagem não
tão digital e de alta tecnologia, procurei um programa animador, decidi me
divertir e que esse sentimento de escolha da felicidade seja eternizado.
Precisava transbordar de alegria e mudar o meu mundo, torná-lo menos mandão,
menos autoritário, com mais amor, mais confiança nas pessoas, mais trabalho
voluntário, mais desafios, a tarde não se arrastou, depois que temos propósitos
de vida as horas voam, os segundo desaparecem, os ponteiros aceleram e há uma
série de opções para fazer o bem a si e aos outros. Eu me sinto mais casual e
mais aliviada, eu me olho no espelho e me vejo madura, feliz, realizada
profissionalmente, meus olhos brilham por me sentir plena, educadamente eu
agradeço ao universo!.
- Arcise Câmara
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