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E assim surge a traição...
Outro dia estava conversando com um
amigo e ele estava contando sobre o seu divórcio, falou que no auge da crise
encontrou uma pessoa o que acelerou o conturbado divórcio, anos se passaram a
pessoa maravilhosa que “o fez” abandonar a esposa e a família ficou tão chata,
exigente e cricri quanto a ex-esposa, porque no final das contas a vida é cheia
de preocupações e acabamos transformando o que era leve em pesado e alguns
problemas só mudam de endereço. Qual foi a conclusão do meu amigo: Trocou seis
por meia dúzia.
Muita gente só consegue amar a parte
boa do outro, não consegue ser altruísta, não consegue entender que o amor
exige sacrifícios, que devemos amar da forma como gostaríamos de ser amados e
naquelas dificuldades, quem não se ama não pode amar ninguém e esse é o
primeiro grande passo para entender o amor.
O aprendizado para amar inicia-se com
o amor próprio, preciso entender quais são meus sentimentos por mim mesmo, o
que eu tolero, o que não tolero, o que aceito e o que abomino, quais as minhas
regras de felicidade, o que posso ou não aceitar, isso evita você entrar numa
relação desigual, uma relação de posse, uma relação com alguém que só quer
satisfazer o próprio ego, o desejo ou o bolso.
Queremos algo que desconhecemos,
nenhuma ilusão, nenhuma aventura, nenhuma troca, se eu fosse você valorizava e
tentava lutar pelo que você já tem, é mais prático e econômico emocionalmente
falando, nada de fantasiar uma relação no mundo dos contos, algo poético
demais, mais dia, menos dias seu relacionamento exigirá sacrifícios, nem que
seja dar um NÃO as investidas do seu colega de trabalho que nunca te olhou
quando você estava sozinha, mas que agora que você tem alguém sério para amar
ele se encantou. Será? Ou quer algo fácil e sem compromisso, cada vez mais me
convenço que as evidências são claras, mas nem sempre estamos dispostos a
renunciar os caminhos fáceis.
Duvide das facilidades aparentes,
enalteça o seu lar, seu refúgio, sua sintonia, esqueça relações de aparências,
mude se necessário, nada de anular-se, necessitamos ser nós mesmos.
É uma pena! Ver tantos casamentos
desfeitos e tanta gente arrependida, com a correria esquecemos-nos das belas
escolhas que fizemos, perdemos tempo com coisas complicadas e esquecemos a
simplicidade do essencial, nos enraizamos de machismo e feminismo e anulamos as
decisões permanentes que nos faz feliz.
No mundo tão prático, esquecemos de
ser sábio, de discernir entre as cafajestagens e o amor, nos viciamos em redes
sociais e esquecemos-nos do oi, bom dias, como vai, como foi teu dia hoje? O
diálogo sofre rupturas diárias, somos incapazes de nos colocar no lugar do
outro, temos medo de nos entregar e com isso os desencontros se instalam de
forma imatura.
Nossos ouvidos desligam na hora do
futebol, nossos toques dão sensação de risada, nossa linguagem fica agressiva,
nossa doação faz pesar, nosso ciúme desperta, temos tempo para tudo menos para
o amado, destruímos o amor e culpamos o outro por isso, somos impacientes e
infiéis, andamos cada um para uma direção em busca do país encantado.
- Arcise Câmara
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