domingo, 18 de agosto de 2013

Um novo lar, uma vida nova



Mudança, eu já passei por isso quatro vezes, e na hora da desarrumação e arrumação é que nos damos conta de quanto supérfluo, quanta coisa engavetada, quantas cartas, bilhetes e homenagens sem sentido, quantas ideias que mudaram, quantos desejos reprimidos ou revulsivos.
Na nossa casa somos ligeiramente desligadas, não atentamos o tempo todo para o que não serve mais, principalmente se o que não serve fica escondido ou engavetado, perdemos a vitalidade da faxina, cada achado de coisas desnecessárias é um flagrante.
Nas declarações encontradas, percebi que entrei e sai de algumas vidas ao acaso, percebi que não consigo amar certos defeitos, tornei-me mais ordenada e racional, percebi também que o crescimento e a prosperidade me acompanharam, sempre mudando para algo melhor.
Quantas apostilas de conhecimento variado encontrei, quantas coisas valiosas mesmo sem valor real, quantas novidades e iniciativas de rascunhar o que eu sentia no momento, quantas fotos de casamentos, aniversários, festas e confraternizações, quantas razões de ser mutante.
A princípio parece que a mudança aprisiona, mas ao contrário ela te solta, te liberta, a mudança é o desejo de vida nova, de enxugar de lágrimas de mudança literalmente, tudo que desejamos que não encontramos no parceiro, no emprego, no dinheiro,  nos costumes...
As pessoas se esquecem de tudo que disseram ou fizeram, às vezes ficamos adormecidos para a vida real que nos faz tropeçar ou que nos agrada com medalhas, ou ainda com os ciclos de término e recomeço, ou as bobagens que antes não fazia sentido.
Não mudamos só coisas, mudamos emoções, mudamos a forma de apoio, de se importar, de ser melhor, não importa o que aconteça.
- Arcise Câmara

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