terça-feira, 20 de agosto de 2013

Seres humanos massificados



Estamos sempre em favor de nós mesmos, idolatramos alguns, egolatramos outros, somos científicos ou primitivos, somos responsáveis ou atrofiados de sentimentos, fugimos ou agimos como se tudo fosse fácil e sem esforço, às vezes me sinto vivendo na superficialidade.
Já coloquei o outro no centro da minha vida, já inclui nas minhas decisões o que o outro pensava, já camuflei emoções, já repeti fracassos até entender que o amor não é querer que o outro seja cada vez mais parecido comigo, que o amor exige diferenças que se completam, que o amor não se coisifica.
Ninguém é senhor de ninguém, como eu era egoísta no amor, como a minha carência absoluta administrava a relação, como eu queria preencher um vazio que não era dele, como dominei com prepotência e imposição.
Adoeci vários corações, negligenciei o amor, eu me comprometia em pouco tempo de relacionamento, eu queria ser preenchida por alguém, sem contar a ninguém que o meu vazio, meus aborrecimentos, minhas mágoas e ressentimentos eram só minhas.
Depois de um tempinho, descobri o amor verdadeiro, estava nervosa, ressabiada e embaraçada, com medo da intimidade, mas com a ousadia necessária para ser feliz.
- Arcise Câmara


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