segunda-feira, 8 de julho de 2013

Escolhemos sim!


Nossa vida tem muitas escolhas a serem feitas, é um eterno decidir, desde o que vamos nos alimentar, até se queremos namorar aquele rapaz ou compreender aquela situação difícil de quem pisou na bola com a gente, mas que é ao mesmo tempo muito importante para nós.
São escolhas e administrações diárias e nessas escolhas nem sempre escolhemos certo, nem sempre aprendemos a dar valor as coisas importantes e nesse contexto não somos melhores filhas, melhores pais, melhores maridos, melhores primas.
Parece que não fazemos escolhas miúdas, que tudo que é pequeno, como levantar-se para beber água várias vezes por dia, mesmo que essa escolha seja forçada pela sede não deixa de ser uma escolha em si, afinal você opta entre a água com ou sem gás, o refrigerante, o suco com açúcar, adoçante ou puro, um toddy ou qualquer outro líquido como uma coca-cola bem gelada.
Reconforta-me saber que não sou a única que não reflito em cada passo dado, o hábito influencia bastante nesse processo de decisão das pequenas coisas, sem algum problema, o mundo te pergunta o tempo todo o que fazer. Você deve dar valor a quem te ama ou se entregar a paixão de um homem que te esnoba? Ter compaixão dos pedintes e pobres ou deixar a cargo do governo? Pacientes idosos em etapa final da vida devem ser eutanasiados ou é melhor esperar a morte natural? Nem tudo decidimos, às vezes temos que cumprir leis que são contra aquilo que acreditamos, sustentamos a nossa vida no coletivo também, mesmo que acreditemos que máquinas de oxigênio seja uma morte prolongada.
Sou fã e aplaudo qualquer um que seja fiel as suas convenções, estamos num mundo cheio de Maria vai com as outras, esquecemos de nós mesmos, enfrentando a desaprovação pública e virtual se pensamos ou agimos diferente do que prega a maioria, não é nada arrogante ser você, ostentar você, amar você, cuidar de você, importar-se com você, acreditar em você.
Escolhemos posturas embaraçosas, escolhemos respeitar os outros, escolhemos ajudar dentro das nossas possibilidades, escolhemos estar disponível para 30 minutos de papos ao telefone, escolhemos observar comportamentos alheios e até julgá-los, dá até calafrio na espinha se formos pensar no mundão de coisas que temos que decidir, decidimos andar mais depressa naquela rua sem alma, decidimos conhecer alguém mais a fundo, decidimos nos manifestar a favor ou contra qualquer coisa que nos atinja como sociedade, decidimos nos sentir tristes, experimentar sentimentos mesquinhos, ficar extremamente sensíveis.
Eu vivo avaliando minha vida, vivo me indagando se estou no caminho certo, se faço o bastante por mim mesma, vivo refletindo se eu não estou fugindo da minha essência, vivo com medo de distorcer quem sou verdadeiramente. Eu gostaria muito de fazer minhas escolhas com base no amor, na intuição, no bem-comum, pensando no todo e não apenas em volta do umbigo.
Quais são suas escolhas?
- Arcise Câmara

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