terça-feira, 28 de maio de 2013

Alimentos que não nutrem


Sou PhD neste assunto, amo alimentos que em nada contribuem com a minha saúde, amo os piores alimentos do mundo, a gordura do sorvete, a gordura do bacon, a gordura trans e o sódio das batatas pringles, o açúcar, o doce...
Depois da minha viagem para Florianópolis em que não há distinção no preço entre a compra do integral e a compra da farinha refinada eu voltei com novos hábitos e costumes. Aprendi a comer bem, a contemplar frutas e verduras, a incluí-las na minha alimentação.
Não vou dizer que é fácil, estamos tão acostumados a comer mal, que a priori parece que estamos tomando um remédio, mas com um pouco de paciência percebemos o quanto é saboroso os alimentos saudáveis, um pirarucu grelhado, um arroz com castanha, um azeite e vinagre balsâmico, cenouras, tomates, pepinos, alfaces, tudo é uma delícia de lamber os dedos, um de cada vez.
Cumprir esse objetivo é muito caro na minha terra e merece uma atenção especial, precisamos driblar os preços abusivos e reinventar receitas, precisamos entender que necessitamos limpar o organismo com alimentos saudáveis e depois tudo fica no automático.
Por experiência própria percebi que não tinha prisão de ventre, na verdade eu me sabotava, comia tudo que dificultava o processo e tornava um pesadelo minhas idas ao banheiro.
Hoje eu sinto que me amo mais e me respeito mais ainda, equilibro a minha mente e parei de ser a justiceira, a lutar por quem não luta por si mesmo, a reivindicar coisas que independem das minhas reivindicações, penso assim: vai mudar alguma coisa? Não! Então vou poupar rugas. Pode parecer que eu tenha desistido de lutar, ou ainda que meus sonhos não parecem reais, mas não é bem isso, eu posso continuar sendo aquele passarinho que tenta apagar o fogo da floresta pegando gotas de água no mar, ele não consegue apagar o fogo que se alastra, fica talvez frustrado, mas fez a sua parte e é exatamente assim, mesmo que nada aconteça eu vou continuar fazendo a minha parte, mudando meu mundo e minha mentalidade, mas sem grandes exigências de querer que o outro siga a minha cartilha, ideal é ideal, cada um tem o seu. E por conta disso resolvi não abonar a entrada de biscoitos recheados, de aprender a conviver com todo tipo de alimento bem pertinho, olhando para mim, pois minha irmã e minha família não precisam aderir se não quiserem.
Antes de toda essa reflexão, precisei esfacelar-me, eu tinha ideias e mudava de ideia e depois percebia que a primeira ideia era a melhor, apesar de ter posto em prática a última ideia e sempre foi assim para tudo, por inúmeras vezes ao fazer uma prova de múltipla escolha, na hora da revisão eu trocava a resposta certa pela resposta errada, até que eu aprendi a não menosprezar as primeiras ideias e hoje recordo que desandei a alimentação mas que já tive posturas e objetivos de uma pessoa magra e que era fácil ser magra, era só andar bastante, correr bastante, ter muitas atividades diárias e comer bem.
Fertilizei a mente e resolvi mudar, mudar hábitos e costume em busca da sensação gostosa de estar bem consigo, ganhar a confiança perdida em alguns aspectos, decidir pelo melhor para mim, tratando-me como Rainha, com a sensação de saúde rodeando.
- Arcise Câmara

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