segunda-feira, 29 de abril de 2013

Matutina e saudável

São duas metas a alcançar, matutina eu já sou, no entanto, ando curtindo noitadas que acabam comigo, me dão olheiras horríveis e cansaços intermináveis, aquele sono que parece que jamais recuperarei. Foge da realidade diária, acaba o sertão virando mar, mudamos os hábitos e não nos adaptamos completamente. Poderia existir umas baladinhas matinês para adultos que não curtem as altas horas da noite. De-ve-ri-a! Depois de tanta estripulia me sinto deprimida, arrasada e me sentindo culpada por ter abdicado do meu sono, uma ausência que jamais poderia ser compensada.

Que poder fantástico tem as palavras, o meu corpo simplesmente assimila perfeitamente o que penso e sei que meu corpo vai chiar a cada noite mal dormida e ele chia mesmo.

Nas baladas não sou do tipo de mulher paquerada, se sou nem noto, mas gosto de observar, olhar nos olhos, sorrir, elogiar, quando dá puxo papo, também acontece aquele lance infantil de julgar pelas aparências, de não ir com a cara de quem a gente mal acabou de enxergar, esteriotipamos que o indivíduo é horrível e mentalizamos coisas negativas sobre ele, esse está descartado!

A gente muda e muda muito e muda o tempo todo,  eu engolia a péssima convivência para não brigar, hoje não passo 5 minutos ao lado de quem não me causa bem-estar, eu não gostava de apelido, hoje curto apelidos carinhosos, antes remoía ressentimentos, hoje, não evoco nenhuma lembrança dolorosa.

E é por isso que agora quero mudar, quero finais de semana tranquilos, quero uma família normal (antes queria algo extraordinário, queria me sentir amada, querida e desejada full time), quero poder falar o que eu quiser, sem que o outro ache que eu estou envolvida num complô para machucar ou ofender, quero ser fidedigna nas minhas escolhas até que elas mudem. E hoje minhas escolhas são: vida matutina e saudável.

- Arcise Câmara

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