terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Não desista dos seus sonhos


Sabe a expressão a Graça vem em forma de Desgraça, pois é isso aconteceu comigo duas vezes e eu fiquei com a nítida sensação de que tudo é AMOR, tudo é conspiração divina, o universo jogando a favor mesmo na diversidade, mesmo nos momentos difíceis e ruins.
Em 2002 prestei um concurso e estudei pra caramba, estudei muito, paguei cursinho, fazia um esforço para tirar dúvidas, aprendi a reaprender várias matérias e não tinha vergonha nenhuma em perceber que o meu nível de novata concurseira era inferior ao resto da turma, a grama do lado de lá era mais verde e mais frondosa.
Resultado do estudo, empenho, dedicação, madrugadas acordadas e renúncias de festas e eventos, Re-pro-va-ção. Não cheguei nem perto dos aprovados, faltou muito, foi um chute errado que chegou nas arquibancadas. Eu chorei muito, me desestruturei emocionalmente, adoeci, aquela derrota eu não merecia, eu era a única responsável pela nota, não há concorrentes, a tua pontuação só diz respeito a você, era uma relação íntima entre eu e a prova, uma relação mal sucedida, uma relação de fracasso, e o fracassos doía até nos meus ossos.
Em 2004 prestei novo concurso, tinha a derrota como histórico, aquilo me dava medo, me deixava ansiosa e chateada, me deixava uma sensação de “não vou conseguir”, mas ao mesmo tempo eu me impulsionava pela frase de concurseiro: “Concurso não é pra passar, é até passar”. E mais a minha persistência interna de “Sou Brasileira, Não Desisto NUNCA!”, e assim foi eu, mais estudos, mais dedicação, mas empenho, estudei um pouco menos que em 2002, conciliei estudo e lazer, relaxei um tantinho, e acho que rendi bem mais, o cérebro não sofreu overdose de palavras, e nem excesso de regras, as trilhões de informações não conflitavam dentro de mim. E o resultado: POSITIVO. Passei, ingressei no serviço público que almejava, com um salário bom, fazendo o que gosto, com a leveza da estabilidade e a certeza de que jamais voltaria para casa dos meus pais com uma mão na frente, outra atrás, com o rabo entre as pernas dizendo: Saí de casa para morar só e não consegui e aqui estou eu, de volta as origens.
O segundo episódio foi que eu prestei vestibular para um curso técnico, um pós médio e mais uma derrota foi colecionada ao meu currículo, não passei e me senti a mais burra das criaturas, parecia tão fácil ingressar na Etfam, parecia tão pouco concorrido, tão fácil o conteúdo programático, tão simples... Parecia...
E no mesmo ano passei na Universidade Federal, no curso de Economia, acabei desistindo depois porque não era aquela a minha vocação, não me sentia feliz com macro e microeconomia, tampouco de estudar matemática I, II e III. Serviu apenas para eu perceber que sempre depois de uma escuridão, vem a luz e esse clarão é mais brilhante, reluzente e bonito.
E assim é em todos os âmbitos da nossa vida, a gente sofre um amor hoje e encontra um novo amor mais bonito, mais cheiroso, mais leal e mais legal que o de antes. A gente sofre pelo desemprego e encontra o emprego dos sonhos. A gente sofre uma injustiça e alguém te dar valor, respeito e gratidão. A gente sofre aqui e ganha a plenitude ali, logo ali. Não esmoreça e aceite os presentes que a vida dá. É sempre AMOR! Mesmo que esteja longe da nossa atual interpretação.

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